Com o avanço das novas tecnologias, o direito também vem se adequando às novas formas de comunicação. Se até então os textos eram carregados de termos técnicos, o famoso “juridiquês”, essa realidade vem mudando exponencialmente.
Esse novo cenário apresenta diversas possibilidades, e uma delas é chamada de Visual Law, a qual caracteriza-se principalmente pela aplicação de práticas de comunicação de forma mais visual, simples, direta e compreensível, o que pode ocorrer por meio da utilização de imagens, figuras, tabelas, ícones, dashboards e gráficos mais animados e coloridos, visando que o receptor da mensagem, não importando quem seja, a compreenda de maneira mais rápida e fácil.
Contudo, o Visual Law não se resume apenas a uma questão estética, tendo como objetivo deixar um texto “bonito”, mas sim adaptá-lo de forma que o seu conteúdo seja emitido de forma adequada ao destinatário, facilitando a comunicação entre os envolvidos e resultando na resolução da questão envolvida.
Idealmente, o processo deve ser construído pelo advogado ou profissional da área jurídica, indicado para levantamento das informações, em conjunto com o designer, responsável por adaptar e transformar os dados em um formato mais dinâmico, integrativo e acessível ao usuário final.
Deste modo, no mercado jurídico, embora pensemos que os stakeholders sejam sempre profissionais do direito, na realidade das empresas, nem sempre isso acontece, o que exige empatia do emissor, resultando na necessidade de adequação da informação.
Tal mudança não facilita apenas o dia a dia do receptor, mas também daquele que busca que a sua mensagem seja compreendida de forma breve, fácil e correta, para resolução de um problema ou fechamento de um negócio, por exemplo.
No âmbito das empresas de tecnologia jurídica, tal metodologia pode ser utilizada de diversas formas, como na simplificação de documentos de difícil compreensão, como contratos e petições. Nestes casos, não há necessidade da inclusão de diversos ícones visuais, mas sim no compartilhamento da mensagem de forma clara e objetiva, evitando termos jurídicos antiquados, por exemplo.
Os diversos benefícios até aqui apontados, como a comunicação rápida, direta e eficiente, não esgotam as possibilidades de enfrentamento de alguns desafios quando da adoção do Visual Law, como a necessidade de conhecer o receptor, exigindo estudo prévio e adequação da mensagem, a depender do caso concreto, o que pode onerar de forma expressiva a equipe envolvida e/ou demandar a contratação de especialistas.
Assim como, a necessidade de uma mudança de mindset dos departamentos jurídicos, os quais deverão focar na colaboração, na observação, no rápido aprendizado e na análise de negócios simultâneos voltados para a compreensão do cliente.
No entanto, apesar da novidade metodológica, ainda pouco explorada, e os inúmeros desafios que podem aparecer no decorrer do projeto, o Visual Law é uma prática capaz de trazer melhorias significativas ao mercado jurídico.
Neste contexto, a VML, buscando sempre os melhores resultados para os seus clientes, vem aplicando os conceitos do Visual Law em seu dia a dia, a fim de facilitar e aprimorar cada vez mais a comunicação com todos os envolvidos no processo.
Autora: Luciana Oliveira - área Jurídica